domingo, 10 de agosto de 2014

A PANTERA VOLTOU (BOAVISTA 2014)

DE REGRESSO AO NOSSO LUGAR POR DIREITO A CAMINHADA NO DESERTO, VISTA PELO COMUM DO ADEPTO AXADREZADO


1ª Parte

Consumado o regresso do nosso Boavista a 1ª Liga Portuguesa, estando já marcado para o próximo dia 17 de Agosto, frente ao Braga a jornada inaugural, estando o plantel praticamente fechado, pensamos ser a altura ideal para fazer uma retropesctiva destes 5 anos passados nas divisões inferiores, e dar um novo rumo a este ponto de encontro de boavisteiros.

A criação deste espaço, direcionado e aberto a toda a família e simpatizantes axadrezados, deu-se na necessidade de fazer chegar noticias do nosso Boavista, pela visão do adepto, e não de um jornal facioso lançado à segunda-feira, por vezes muito díspar da realidade, questionando-nos  por vezes da presença destes no local, onde por ocasiões mais pareciam querer denegrir a imagem centenária do clube e seus adeptos, situação que ao passar dos anos foi-se alterando, dada a persistência do clube e a paixão dos seus adeptos.

Face à impossibilidade de muitos boavisteiros, poderem acompanhar o nosso clube pelo Norte e Centro do Pais, tentamos dar uma visão imparcial, sem ligações ao clube, privados de qualquer interesse, procurando manter a chama acesa da massa adepta boavisteira.
Para aqueles que tiveram oportunidade de acompanhar o Boavista nesta caminhada pelo nosso futebol amador, puderam ver a realidade destes campeonatos, que vão muito além do mero jogo de futebol, mas cheia de vivências, agora por nós experimentadas, mas que antes apenas tinham sido conhecidas pelos nossos pais e avós.

Uma certeza e presença neste percurso, foi o apoio incondicional dos adeptos e claque boavisteira em todas as partidas onde o Boavista esteve presente, nem sempre recebidos da melhor forma, também eles tiveram que ceder aos encantos do amadorismo, convivendo com estas “gentes” que mantém o futebol da terra vivo, agarrando-se a bifana, ao leitão e claro a “SuperBock”, sim nestes campeonatos há álcool, levando e trazendo merendas nos locais mais distantes.

Inicialmente na Zona Norte, fomos recebidos com muita animosidade por parte da maioria dos clubes e adeptos, onde as passagens por (Lousada, Vianense, Vieira do Minho, Padroense)  o comprovam; os preços dos bilhetes eram absurdos, valores próximos dos praticados em alguns jogos da 1ª Liga; já as arbitragens do melhor que já se viu (Aliados Lordelo, Paredes, Cinfães, Gondomar, Tondela) não há televisão e os repórteres dos jornais estão no bar do clube; a própria força de segurança, com intervenções desastrosas, com parcialidade clara e com preconceito, também ela evoluiu.
A passagem para a Zona Centro, foi mais dispendiosa para clube e adeptos, mas mais proveitosa, recebidos quase sempre da melhor forma, exceptuando uma ou outra invasão de campo na 1ª época, encaravam os jogos como uma festa e uma oportunidade destes clubes em jogar com um histórico nacional, apelando as suas “gentes” a comparência do campo da terra (União Serra, Eléctrico, Esmoriz, Pampilhosa, entre outros).

Nestes anos passaram muitos atletas e treinadores, sempre com esforço a direção em conseguia montar uma equipa competitiva, que dignifica-se as camisolas, nas condições financeiras possíveis, sempre dentro do prazo limite de inscrição, embora não tenha evitado momentos embaraçosos (Fafe 7-1), sendo a vitoria mais volumosa frente ao Joane (6-1).

Dos treinadores que passaram pelo Bessa, nota para Gouveia, sem duvida o melhor até hoje! Quanto aos jogadores, muitos chegaram com nome feito, procuravam o relançamento da carreira, mas foram autênticas desilusões [Renato Queirós, Leo Bonfin, Rui Dolores, Emerson, Mário Loja, Pedro Costa (sim este mesmo que está no plantel de 2014/2015)]; poucos jogadores, que embora com alguma qualidade, seja pela forma física, idade, questões financeiras ou projetos aliciantes deixaram o nosso clube (Ribeiro, Beré, Kadinha, Filipe Babo, Paulo Campos, Nuninho, Rui Lima, Trigueira, Ruben Alves, Ricardo Silva).
Uma palavra de apreço, aos jogadores (Frechaut, Fary, Pedro Costa, Ricardo Silva, Petit, Paulo Campos), pela transferência da mística aos jogadores que chegaram (e que foram muitos) e as camadas jovens do clube.           

As maiores deslocações dos adeptos axadrezados, registaram-se em Gondomar, Padroense, Tondela e Espinho, com números dignos de uma 1ª Liga.
A relutância em desistir e perseverança em lutar pelo xadrez, permitiu a mudança de mentalidade em todos os intervenientes do mundo futebolístico, onde Jornalistas, policias, árbitros e equipas adversárias, passaram a respeitar todos os adeptos da equipa do Bessa.
Um caminho amargo, mas que uniu ainda mais os boavisteiros, trazendo ao de cima, o verdadeiro sentido clubístico, que foi transmitido para as demais modalidades (Futsal, Volei, Hoquei, Futebol Femenino, etc...).

Agora, de volta a nossa realidade não podemos descurar e deixar de apoiar o nosso clube, neste novo trajeto que se advinha difícil mas com o apoio de todos será ultrapassado.



BOAVISTA SEMPRE E ATÉ MORRER !!!     

Montagem: Mário Pereira ; Texto: Pedro Pereira

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